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domingo, 8 de janeiro de 2023

Acabou a mamata: golpistas desmontam acampamento em frente ao QG do Exército de Natal

 

Após dois meses, os manifestantes bolsonaristas que ocupavam a calçada do 16º Batalhão de Infantaria Motorizado (16 RI), na avenida Hermes da Fonseca, em Natal, desfizeram a estrutura do acampamento neste domingo (1º), no dia da posse de Lula (PT) como presidente, mas prometeram voltar em turno reduzido, das 17h às 23h.

Uma imagem registrada por um motorista que passava pelo local no domingo mostra diversas cadeiras e cones sobre a caminhonete de um carro. As tendas para servir comida e bebida também já estavam desmontadas, sem a presença dos golpistas.

Ainda que a estrutura esteja desmontada, poucas pessoas insistem em se manter no local. Em um vídeo gravado pelos golpistas à noite e creditado como sendo deste domingo, um homem diz que os manifestantes permanecerão na calçada do Batalhão, mas somente das 17h às 23h. 

Nesta segunda (2), extremistas vestidos com o uniforme verde e amarelo da Seleção Brasileira de fato retornaram para o Batalhão mas em número reduzido, com menos de 20 pessoas e poucas bandeiras, segundo outro motorista que passou pela avenida. 

Histórico

Os manifestantes tomaram a calçada e ruas adjacentes da Hermes da Fonseca desde 1 de novembro, um dia após a vitória de Lula (PT) como presidente. O petista tomou posse neste domingo (1º). Os golpistas contrários ao resultado das urnas pedem uma intervenção militar, bandeira inconstitucional. 

Ao longo dos dois meses que permaneceram com a estrutura no local, o acampamento gerou a presença de comércio ilegal de ambulantes, perturbação do sossego alheio/poluição sonora, além da interrupção do fluxo normal de trânsito em determinados momentos do dia, de acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Norte. 

Em mais de uma vez, o MP pediu que a Prefeitura de Natal, através de suas secretarias e da Guarda Municipal, desfizesse a movimentação, o que nunca ocorreu.

Nesta segunda, a Agência SAIBA MAIS buscou a Prefeitura de Natal e a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), responsáveis pelo acompanhamento da segurança no entorno do acampamento, para saber o que foi feito durante o período de presença massiva dos golpistas. Os órgãos não responderam até o fechamento desta matéria.

* Fonte: AGÊNCIA SAIBA MAIS