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sábado, 13 de maio de 2023

Agora somos, GAZETA BJ


Aguardem, que vem mais novidades por ai. Desde 2016, estamos levando informações verdadeiras para os nossos leitores.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Moraes decide afastar o governador Ibaneis Rocha, do Distrito Federal, por 90 dias

 Ministro do STF entendeu que governo do DF foi conivente com golpistas que invadiram e depredaram sedes dos três poderes. Atos 'desprezíveis' não ficarão impunes, escreveu Moraes.

O ministro Alexandre de Moraes — Foto: Reprodução


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na madrugada desta segunda-feira (9) afastar o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha do cargo por 90 dias.

No domingo (8), as forças de segurança do DF não contiveram vândalos bolsonaristas que invadiram e depredaram o Congresso, o Palácio do Planalto e o prédio do STF.

Moraes tomou a decisão no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos, do qual é relator, ao analisar um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e da Advocacia-Geral da União. 

O ministro disse que os atos terroristas do domingo só podem ter tido a anuência do governo do DF, uma vez que os preparativos para a arruaça eram conhecidos.

“A escalada violenta dos atos criminosos resultou na invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, com depredação do patrimônio público, conforme amplamente noticiado pela imprensa nacional, circunstâncias que somente poderiam ocorrer com a anuência, e até participação efetiva, das autoridades competentes pela segurança pública e inteligência, uma vez que a organização das supostas manifestações era fato notório e sabido, que foi divulgado pela mídia brasileira", escreveu Moraes na decisão.

O ministro afirmou ainda que os ataques aos prédios e às instituições da República foram "desprezíveis" e não ficarão impunes. 

"Os desprezíveis ataques terroristas à democracia e às Instituições Republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores, instigadores e os anteriores e atuais agentes públicos coniventes e criminosos, que continuam na ilícita conduta da prática de atos antidemocráticos", afirmou o ministro.

 Moraes disse que o afastamento de Ibaneis se justifica diante do cometimento de crimes como: atos preparatórios de terrorismo, associação criminosa, dano, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

"A democracia brasileira não será abalada, muito menos destruída, por criminosos terroristas", completou. 

Logo após os atos de vandalismo, Ibaneis gravou um vídeo pedindo desculpa ao presidente Lula e aos demais poderes.

Indícios de irregularidades

Entre os indícios apontados contra Ibaneis, segundo Moraes, estão:

  • os terroristas e criminosos foram escoltados por viaturas da Polícia Militar do Distrito Federal até os locais dos crimes;
  • não foi apresentada, pela Polícia Militar do Distrito Federal, a resistência exigida para a gravidade da situação, havendo notícia, inclusive, de abandono dos postos por parte de alguns policiais
  • parte do efetivo deslocado para impedir a ocorrência de atos violentos não adotou as providências regulares próprias dos órgãos de segurança, tendo filmado, de forma jocosa e para entretenimento pessoal, os atos terroristas e criminosos
  • Anderson Torres (secretário de segurança) foi exonerado do cargo no momento em que os atos terroristas ainda estavam ocorrendo

Acampamento deve ser desfeito

Moraes determinou também o desmonte imediato do acampamento de bolsonaristas golpistas na frente do quartel-general do Exército, em Brasília. 

A operação deve ser realizada pelas Polícias Militares dos Estados e DF, com apoio da Força Nacional e Polícia Federal se necessário, devendo o governador do Estado e DF ser intimado para efetivar a decisão, sob pena de responsabilidade pessoal.

O comandante militar do QG deverá, igualmente, prestar todo o auxílio necessário para o efetivo cumprimento da medida.

“Absolutamente nada justifica e existência de acampamentos cheios de terroristas, patrocinados por diversos financiadores e com a complacência de autoridades civis e militares em total subversão ao necessário respeito à Constituição Federal", escreveu Moraes.

Liberação de ruas e prédios

O ministro também manda bolsonaristas desocuparem todas as vias públicas e prédios públicos estaduais e federais em todo o território nacional

Apreensão de ônibus

Moraes determinou também a apreensão e bloqueio de todos os ônibus identificados pela Polícia Federal, que trouxeram os terroristas para o Distrito Federal. Os proprietários deverão ser identificados e ouvidos em 48 (quarenta e oito) horas, apresentando a relação e identificação de todos os passageiros,

Além disso, determinou a proibição imediata, até o dia 31 de janeiro, da entrada de quaisquer ônibus e caminhões com manifestantes no Distrito Federal.

A PRF e a Polícia Federal deverão providenciar o bloqueio, a imediata apreensão do ônibus e a oitiva de todos os passageiros.

Identificações e redes sociais

Caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consultar dados de identificação mantidos pela Corte, mantido o devido sigilo, para identificar pessoas envolvidas.

Redes sociais, entre elas, Facebook, Tik Tok e Twitter, no prazo de duas horas, deverão bloquear os canais/perfis/contas detalhados na decisão, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

* Fonte: G1

domingo, 8 de janeiro de 2023

Morte de homem que pretendia fazer redução bariátrica chama atenção para a fila de interessados na cirurgia

 A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica calcula que cerca de 5 milhões de pessoas precisam da cirurgia; 75% dependem do SUS e a maioria não encontra o que precisa.

Vitor Augusto Marcos de Oliveira, de 25 anos, — Foto: Reprodução 

A morte de um jovem em São Paulo jogou luz num problema grave de saúde pública.

Vitor Augusto Marcos de Oliveira, de 25 anos, morreu nesta sexta-feira (6), em São Paulo, sem o atendimento que precisava para conseguir respirar e conter dores nas pernas. Saiu de uma UPA, peregrinou em busca de atendimento, mas foi recusado por hospitais que não tinham vagas ou condições de atender uma pessoa com mais de 200 quilos.

“Nós todos indignados com essa situação, com desfecho trágico que aconteceu neste caso concreto. Determinaram a correta e imediata apuração de todos os fatos,”, diz Carlos Alberto de Castro Soares, coordenador dos hospitais estaduais de São Paulo.

A mãe que se desesperou pedindo socorro quer para outros a atenção que o filho não teve.

“Que os governantes colocassem isso em prática. O meu apelo em prática. Eu peço, encarecidamente, governantes: lutem para que outras mães não passem pelo o que passei”, diz Andréia Marcos da Silva.

Vitor dava os primeiros passos para conseguir uma cirurgia bariátrica pelo SUS. Já a Eliane da Silva, espera na fila. É quase uma vida inteira de luta contra a obesidade. A cirurgia é necessária para que ela se livre das dores terríveis, da pressão alta e siga trabalhando e cuidando da família.

“Você só passa na consulta da médica para a bariátrica de seis em seis meses. Cada consulta é um exame. E, até hoje, eu não consegui. Desde 2019 nessa luta para tentar fazer essa cirurgia bariátrica. Eu me sinto totalmente humilhada, abandonada, discriminada”, afirma a estilista.

A cirurgia bariátrica ganhou impulso no final dos anos 1990 para tratar um dos maiores problemas de saúde pública no mundo e no Brasil. Reduzindo o tamanho do estômago e muitas vezes também desviando o intestino, os pacientes perdem rapidamente o peso que não conseguiam controlar de outras maneiras.

O país que tem que lutar contra a fome precisa com urgência enfrentar também a obesidade. A última pesquisa nacional de saúde mostrou que 60% da população está acima do peso. Os casos mais dramáticos são os dos obesos mórbidos. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica calcula que cerca de 5 milhões de pessoas necessitam da cirurgia; 75% dependem do SUS e a maioria não encontra o que precisa.

Enquanto o número de obesos cresce, o de cirurgias bariátricas diminui. Pelo SUS, foram 12.568 em 2019; 3.768 em 2020; 2.864 em 2021 e 5.448 em 2022, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica.

A pandemia contribuiu para a redução. E os obesos foram, junto com os idosos, as maiores vítimas da Covid.

A cirurgia é recomendada para quem tem IMC acima de 35 e doenças como diabetes e hipertensão associadas. O Índice de Massa Corpórea é uma relação entre peso e altura. O tratamento cirúrgico depende de acompanhamento de especialistas, nutricionistas e psicólogos antes e depois da operação.

“Na verdade, esse pacientes precisam ter um acesso. Esses serviços são regionalizados e, portanto, cada um deles deveria ter a sua fila regulamentada. Mas nós precisamos, fundamentalmente, aparelhar esses hospitais, aparelhar essas instituições de saúde, e dar condições para que esses pacientes entrem nesse sistema”, afirma Antônio Carlos Valezi, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica.

O Ministério da Saúde declarou que o SUS oferece assistência integral às pessoas com sobrepeso e obesidade, com atividades preventivas e assistência clínica e cirúrgica.

* Fonte: G1

Moraes decreta prisão preventiva de bolsonaristas radicais suspeitos de atos de vandalismo em Brasília

 Eles estavam em prisão temporária e foram alvos da Operação Nero, que investiga ataque a prédio da PF e destruição de carros e ônibus. Quatro pessoas estão detidas e sete foragidas. 

Ônibus incendiado em Brasília — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão preventiva de quatro investigados por atos de vandalismo em Brasília no fim do ano passado.

Eles foram alvos da Operação Nero – realizada no dia 29 de dezembro – quando tiveram a prisão temporária determinada por Moraes por suspeita de envolvimento no ataque ao prédio da PF e na destruição de carros e ônibus em Brasília. A prisão preventiva não tem prazo para terminar.

À época, eles disseram que agiram em reação à prisão de José Acácio Serere Xavante, que se diz cacique do povo Xavante e que também está envolvido em atos antidemocráticos. Nesta quinta, os advogados do indígena divulgaram uma carta na qual ele pediu desculpas pelos ataques ao sistema eleitoral e que reconheceu ter acreditado em fake news.

Os ataques ocorreram em 12 de dezembro – dia da diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Tiveram a prisão preventiva decretada: Joel Pires Santana, Klio Damião Hirano, Átila Franco de Mello e Samuel Barbosa Cavalcante.

Estão foragidos:

Allan Diego dos Santos;
Helielton dos Santos;
Walace Batista da Silva;
Silvana da Silva;
Wenia Morais Silva;
Ricardo Aoyama;
Wellington Macedo.
Além dos 11 suspeitos com ordens de prisão, outros 29 que também participaram dos atos violentos já foram identificados.

Segundo a polícia, são empresários do agronegócio, pastores e pessoas ligadas ao garimpo ilegal. A maioria frequentava o acampamento em frente ao quartel general do Exército em Brasília que reúne bolsonaristas com intenções golpistas.

A polícia confirmou, ainda, que parte do grupo participou da tentativa de explodir um artefato em um caminhão nos arredores do aeroporto de Brasilia, na véspera do Natal, ato tratado como terrorismo.

Operação Nero

A Operação Nero investiga crimes como associação criminosa, tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito e golpe de estado.

Agora, o foco da investigação é identificar os líderes e quem financiou as ações criminosas.

* Fonte: G1

PL oferece salário para Michelle, mas desiste de pagar mansão a Bolsonaro

20.dez.22 - O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, no Palácio da AlvoradaImagem: Lucio Tavora/Xinhua
O PL decidiu rever a ajuda de custos que prometeu a Jair Bolsonaro após a saída da Presidência. Os ajustes discutidos pela cúpula do partido de Valdemar Costa Neto envolvem a desistência do aluguel de uma mansão em Brasília, mas em compensação um salário para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro — "no patamar do que recebe um deputado", ou seja, na casa de R$ 33 mil mensais.  
Se o novo planejamento for confirmado, o PL deve garantir ao casal uma renda de mais de R$ 70 mil ao mês.
Inicialmente, Valdemar havia oferecido um salário de cerca de R$ 39 mil ao ex-presidente, com a promessa de que os vencimentos do Bolsonaro ficariam sempre em um "patamar de salário de ministro do STF", ou seja, o teto do funcionalismo público. 
Além disso, Valdemar havia acertado o aluguel de um imóvel num condomínio no Jardim Botânico, área nobre de Brasília. 
Agora, com a viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos, e sem a previsão de quando ele retorna ao Brasil, o presidente do PL decidiu mudar a os termos do acordo com o ex-presidente. Segundo apurou a coluna, Valdemar disse a Bolsonaro que não faz sentido ele bancar a casa no Brasil com o presidente no exterior. Com o salário para Michelle, o casal teria um "bom dinheiro" para arcar com custos de moradias, em qualquer lugar, na avaliação do PL. 
A cúpula da legenda diz que tem enfrentado dificuldades para pagar as contas após a aplicação de multa pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes — em razão de o partido ter tentado tumultuar o processo eleitoral. 
Para honrar as promessas, Valdemar precisa conseguir desbloquear o dinheiro da multa aplicada por Moraes.
Moraes pede comprovantes 
No fim de dezembro, Moraes atendeu ao pedido do partido para liberar parte da multa com o argumento de que precisava pagar salários e que muitas famílias dependiam dos recursos do partido. 
Na ocasião, Moraes determinou "o desbloqueio parcial das contas partidárias, no valor total de R$ R$ 1,15 milhão". Moraes disse ainda que o PL deveria "juntar aos autos os comprovantes dos pagamentos das folhas salariais em 48 (quarenta e oito) horas após sua efetivação". 
Fontes do partido dizem que o advogado Marcelo Bessa tem mantido contato com integrantes do TSE e estuda novas medidas para tentar regularizar as contas do partido. Mas afirmam que Moraes tem sido "linha dura".
No momento, alguns funcionários do PL ainda estão sem a previsão de receber o salário de janeiro.
* Fonte: UOL

RN vai cadastrar no Bolsa-família mais de 12 mil famílias que vivem na extrema pobreza e foram excluídas do Auxílio Brasil

 

O Rio Grande do Norte tem 12.057 famílias na extrema pobreza excluídas do Auxílio Brasil pelo governo Bolsonaro. O benefício voltará a ser chamado de bolsa-família no governo Lula. O ministro do Desenvolvimento Social Wellington Dias já anunciou que pretende ampliar o acesso para pessoas que hoje não recebem o pagamento mínimo de R$ 600 aprovado pelo Congresso Nacional e que pode chegar a R$ 750, no caso de famílias com filhos de até 6 anos de idade.

Até novembro de 2022, o Estado potiguar tinha 518.145 famílias sobrevivendo na extrema pobreza recebendo o Auxílio Brasil. Os dados de dezembro ainda não foram sistematizados. São classificadas como “extrema pobreza” as famílias que recebem por mês até 105 reais per capta.

A secretaria de Estado do Trabalho, Habitação e Assistência Social quer incluir as mais de 12 mil famílias no Cadastro Único ainda em 2023. Essa é a meta prioritária da atual gestão. Em entrevista à agência SAIBA MAIS, a titular da Sethas Íris de Oliveira, que permanece à frente do órgão no segundo governo Fátima, afirmou que não é possível prever uma data porque o novo governo acabou de começar e ainda está se inteirando das informações da pasta. No entanto, ela destacou que, como ficou claro no discurso de posse do presidente Lula e nas recentes entrevistas do novo ministro, o combate às desigualdades e à extrema pobreza será uma das prioridades.

– As expectativas com o ministro Wellington Dias à frente do Desenvolvimento Social são muito boas porque ele já conseguiu fazer no Piauí um trabalho importante de inclusão produtiva, na questão da qualificação profissional, no acompanhamento direto das famílias na extrema pobreza. Ele tem resultados muito positivos no enfrentamento à pobreza e à fome. Então essa experiência e acúmulo no Piauí nos dá uma expectativa muito boa”, afirmou.

Íris diz que a meta imediata da Sethas é a inclusão das 12.057 famílias no CadÚnico. Questionada sobre o motivo da exclusão dessas pessoas, a secretaria não soube informar.

– Não se sabe (o motivo da exclusão). São mais de 12 mil famílias que atendem aos critérios exigidos, mas que até agora não foram incluídas. Já há um compromisso público do novo governo federal de incluir todas as pessoas que vivem na extrema pobreza. E haverá um esforço no Rio Grande do Norte para que nenhuma família fique de  fora, para que tenham visibilidade no sistema. Um governo não pode tratar de forma diferente os estados”.


 Reconduzida para o cargo, a doutora em Serviço Social, Íris de Oliveira está otimista sobre as perspectivas para o segundo mandato da governadora Fátima Bezerra (PT) e terceiro do presidente Lula (PT). Para ela, conquistas como o acesso à renda, a criação do Cadastro Único, do Sistema Único da Assistência Social (SUAS) e a política de atenção produtiva mudaram o mapa da extrema pobreza no Rio Grande do Norte.

Foto: Elisa Elsie

Em entrevista à Agência SAIBA MAIS, Íris relembrou os feitos dos governos Lula e Dilma, no âmbito da assistência social, falou sobre os paradigmas do debate acerca do direito do acesso à renda no Brasil, a indicação dos ministros que irão comandar as políticas de trabalho, emprego e desenvolvimento social no país, os desafios da primeira gestão da governadora Fátima e as perspectivas para os próximos quatro anos.

Segundo a titular da Sethas, as políticas de transferência de renda, uma das marcas dos governos do PT, devem ser parte da política de assistência social. Dessa forma, mais do que o acesso à renda, é preciso garantir o acesso da população ao conjunto de políticas públicas que possam assegurar seus direitos nas mais diversas áreas, através de uma articulação intersetorial e permanente.

Confira a entrevista completa:

Agência SAIBA MAIS: Como os programas sociais dos governos Lula e Dilma mudaram a vida das pessoas pobres?

Íris de Oliveira – Olhar para essa questão remete, imediatamente, à criação do próprio Bolsa Família. Antes do Governo Lula, existia uma série de programas de transferência de renda ou de auxílios e apoios, como o Vale Gás, o Bolsa Escola e outros. O que ele fez foi unificar isso em um único programa: o Bolsa Família. Dessa forma, conseguiu chegar em escala a todo o território nacional e impactar a população mais vulnerável. Tanto é que, desde a implantação do Programa Bolsa Família, o Nordeste e o Rio Grande do Norte atravessaram vários períodos de seca e nunca mais vimos cenas como as que estampavam os noticiários há décadas atrás. 

Dessa forma, se abriu na sociedade brasileira um debate sobre o direito à renda, algo já consolidado em países desenvolvidos. E o Bolsa Família, na sua concepção, está exatamente nessa linha: garantir o direito à renda, acompanhado do acesso a outros direitos, do enfrentamento às violações e às negações de direitos. 

Foi também nesse governo que se criou o Cadastro Único. Com ele, o Estado no Brasil, em todos os níveis, passou a conhecer a cara da pobreza no país, ou seja, quem são os pobres, os miseráveis, as pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade. O CadÚnico não é apenas um formulário, mas a porta de entrada do acesso a direitos, não só da assistência social. Por isso, nós questionamos tanto todas as tentativas do Governo Bolsonaro de destruir e substituir o Cadastro Único por um aplicativo. Como se a internet e o smartphone fossem algo universalizado na sociedade brasileira.

Outra conquista relevante é a rede dos Sistema Único da Assistência Social (SUAS). Nós temos, no Rio Grande do Norte, 9.938 trabalhadores do SUAS. São técnicos espalhados por todos os municípios do estado, nas redes de CRAS, de CREAS, de Centro Pop, de serviços de convivência, unidades de acolhimento de crianças e adolescentes. E isso não existia antes dos governos Lula e Dilma. 

Hoje nós temos equipes profissionalizadas nos CRAS para fazer o acompanhamento junto às famílias; para atender uma criança que está sofrendo abuso e exploração sexual; para atender um idoso que está sofrendo, violência, abandono, negligência; para atender uma mulher que está em situação de violência; para atender uma pessoa LGBT que está sendo discriminada. 

Além de toda política de inclusão produtiva, de atenção à primeira infância, de incentivo à economia solidária. Então, foram governos que deram dignidade a um contingente muito grande da população. E assim, por vários caminhos, você vai construindo a dignidade.

Quando o Bolsa Escola surgiu, foi logo apelidado de “bolsa esmola”. Mais recentemente, mesmo com a consolidação do Auxílio Emergencial, vimos o mercado se levantar contra a PEC da Transição – que assegura a continuidade dos R$ 600. Como você enxerga hoje esse debate público sobre o direito do acesso à renda no Brasil?

Eu penso que sempre vão existir setores da sociedade que insistem no legado de uma sociedade escravocrata, violenta, autoritária – algo que está na formação sociohistórica do Brasil, como diz Marilena Chauí. São pessoas que sempre vão olhar a pobreza, e o direito dos mais pobres a uma vida com dignidade, com discriminação. 

Mas eu também acho que um dos legados, inclusive da pandemia, foi toda a mobilização dos movimentos, da sociedade brasileira, dos gestores da política de assistência social em todo o Brasil para colocar o acesso à renda no centro do debate público nacional. E o próprio Congresso Nacional, em certa medida, se abriu a isso e aprovou o Auxílio Emergencial – mantendo-o num patamar que garanta minimamente renda com dignidade para as pessoas.

Como você recebe os nomes de Luiz Marinho e Wellington Dias para os ministérios de Trabalho e Emprego e de Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome, respectivamente?

Eu recebo com muita esperança, acreditando muito na competência, no compromisso, na seriedade e na sensibilidade desses dois nomes.  Luiz Marinho eu não conheço tão de perto, mas sei que é uma pessoa muito respeitada. E a própria recomposição do Ministério do Trabalho, por si só, já é muito importante. Aqui no RN, por exemplo, nesses quatro anos, não recebemos um centavo para funcionamento do SINE ou para qualificação profissional. Foi tudo com recursos do Tesouro estadual. Então, nossa expectativa é que possamos, a partir de agora, ter uma atuação no âmbito do mercado de trabalho, da qualificação profissional no nosso estado e poder avançar naquilo que é competência do estado.

Já sobre o Ministério do Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome, vai estar voltado para duas grandes políticas públicas que a Sethas abraça: a assistência social e a segurança alimentar. Sobre esses pontos, atuamos muito fortemente com o governador Wellington Dias no Consórcio do Nordeste, e a nossa experiência com ele dá toda a certeza sobre sua sensibilidade com relação à assistência social. 

Resumindo, esperamos ter uma maior participação federal no financiamento e na execução de programas sociais. Só para você ter ideia, o orçamento da Assistência Social caiu de R$ 3,1 bilhões, em 2014, para R$ 0,78 bilhão, no orçamento previsto pelo atual governo para 2023. 

Foto: Elisa Elsie

E o balanço, desafios e perspectivas da sua pasta para o Rio Grande do Norte? 

Vamos continuar avançando no que conseguimos: habitação, atendimento socioeducativo, na área do trabalho e na assistência social. Uma das grandes conquistas, por exemplo, é que a governadora conclui esse mandato com a realização do concurso público para Fundase [Fundação de Atendimento Socioeducativo]. 

Já no âmbito da habitação, esperamos conseguir recuperar o Pró- Moradia e abrir novos projetos. O presidente Lula já disse, em vários momentos, que o ‘Minha Casa, Minha Vida’ vai voltar. E a nossa Companhia Estadual de Habitação está preparada para propor os projetos necessários que atendam a população do RN nesse aspecto da moradia.

No âmbito da assistência social, vamos seguir avançando no cumprimento das obrigações da gestão estadual – cofinanciamento, proteção social especial. Nessa gestão, apesar de todas as dificuldades, da calamidade financeira, o estado não só honrou com os atrasos que recebeu, como conseguiu ampliar a proteção social especial. 

Criamos, pela primeira vez no estado, a oferta dos serviços de acolhimento para crianças e adolescentes, num amplo diálogo, firmando cooperação para responder a essa que é uma demanda de todos os territórios do estado. Já temos o serviço funcionando em Caicó e, a partir de janeiro, teremos uma unidade em Guamaré. Em seguida, criaremos um na Região Metropolitana. 

Outros destaques são a Casa de Acolhimento à Mulher, o apoio às instituições de longa permanência para idosos, a proteção básica no âmbito dos benefícios eventuais, o RN Chega Junto, que distribuiu cestas básicas durante a pandemia e o apoio técnico aos municípios – só em 2022, chegamos a mais de 60 cidades com esse trabalho.

* Fonte: AGÊNCIA SAIBA MAIS

Corinthians tentou contratar Cristiano Ronaldo, afirma Duílio Monteiro Alves

Cristiano Ronaldo foi recebido com festa no Al-Nassr. Foto: Amr Nabil/ AP


O Corinthians tentou a contratação de Cristiano Ronaldo. A revelação foi feita pelo presidente do clube, Duílio Monteiro Alves, nesta sexta-feira, em participação no programa Os Donos da Bola, da Band. 

De acordo com o mandatário alvinegro, uma proposta foi formalizada para contar com o astro português por duas temporadas. No entanto, Cristiano Ronaldo rejeitou a oferta do Corinthians e preferiu partir para o futebol da Arábia Saudita, vestindo a camisa do Al-Nassr.

“A gente fez uma proposta salarial igual ao que ele recebia no Manchester United. Seria dois anos de contrato, que é muito, mas é viável dentro da posição dos patrocinadores. Mas a proposta que veio da Arábia Saudita é 20 vezes maior”, afirmou Duílio. No Al-Nassr, Cristiano Ronaldo faturará em dois anos, cerca de R$ 1 bilhão.

O interesse do Corinthians em contar com Cristiano Ronaldo começou logo quando surgiram as notícias sobre desavenças entre o astro e o Manchester United. Em sua apresentação no Al-Nassr, o português confirmou que teve proposta do Brasil.

“Foi a proposta do Corinthians”, conta Duílio. “Somos o Corinthians, por que não tentar? Conversei com o Jorge Mendes (agente de Cristiano Ronaldo) algumas vezes. Fiz a proposta e torci para não aceitar”, brincou o presidente. “Um jogador desta magnitude se paga sozinho”, afirmou, fazendo referência aos ganhos em marketing, patrocínio e vendas de camisa que uma contratação dessa proporção gera.

* Fonte: ESTADÃO

Reação violenta à prisão do filho de El Chapo deixa 29 mortos e rastro de destruição no México

Dezenas de veículos foram queimados em Culiacán após a prisão de Ovidio Guzmán  Foto: Martín Urista/ AP

 
Ao menos 29 pessoas morreram no confronto entre polícia e narcotraficantes em Sinaloa no México depois da prisão de Ovídio ‘El Ratón’ Guzmán, filho do líder do Cartel de Sinaloa, Joaquín El Chapo Gusmán. Aeroportos e estradas foram bloqueados e a cidade de Culiacán registra atos de vandalismo e fechamento do comércio. Guzmán é responsável por parte do tráfico de fentanil, um opiáceo cujo consumo tem crescido nos últimos anos nos EUA e se tornou um alvo recente no México e em Washington.

O Cartel de Sinaloa - também conhecido como Cartel do Pacífico - é considerado pela agência antidrogas dos Estados Unidos, a DEA, como o principal responsável pelo tráfico de fentanil, um opiáceo sintético 50 vezes mais potente que a heroína e que tem sido responsável por inúmeras mortes de overdose no país. Entre 2016 e 2022, o porcentual de mortes por overdose por fentanil frente ao total de mortes por overdose nos Estados Unidos saltou de 36% para 88%.

Ovídio Guzmán considerado por analistas como um dos mentores dessa migração de negócios do cartel de outras drogas como a cocaína e a heroína para o fentanil.

Segundo o secretário de Defesa do México, Luis Cresencio Sandoval, dos 29 mortos, dez pertenciam às Forças Armadas mexicanas e 19 a grupos ligados aos cartéis. Ao menos 35 pessoas ficaram feridas e 21 suspeitos foram presos. A operação durante e após a prisão de Ovidio Guzmán entre a madrugada de quinta e a manhã desta sexta-feira, 6, envolveu 3.586 integrantes das Forças Armadas, que também combateram a violência desencadeada nas ruas de cidades como Culiacán, Los Mochis e Mazatlán.

Pressão americana

O presidente do México, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, um crítico de operações violentas para deter narcotraficantes no país, negou que os Estados Unidos tenham participado da prisão de Ovidio Guzmán, mas ela ocorre a poucos dias de uma visita do presidente Joe Biden ao país.

Os EUA ofereciam US$ 5 milhões pela captura do filho de El Chapo,transferido após a prisão para uma penitenciária na Cidade do México em um avião da Força Aérea. Ele lidera o cartel Los Menores, uma facção do grupo do pai, em Sinaloa.

O ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, descartou a extradição e negou que a captura seja um gesto do governo para agradar Biden. Segundo Ebrard, o pedido de prisão partiu de um processo no México no qual Ovidio é acusado. “O que vamos ver é um processo no México de acordo com a lei”, disse.

López Obrador também comemorou o fato de não ter havido mortes de civis nos confrontos. Apesar disso, Culiacán viveu um dia de violência similar aos das grandes operações contra o Cartel de Sinaloa.

Caos e terror em Sinaloa

A captura do narcotraficante de 32 anos provocou tiroteios entre criminosos e membros das forças de segurança em diversos pontos de Culiacán, capital do estado de Sinaloa. Um desses aconteceu próximo ao aeroporto internacional da cidade, com um avião de passageiros sendo atingido por uma bala pouco antes de decolar, assim como uma aeronave da Força Aérea, informaram a Aeromexico e a Secretaria de Comunicações e Transportes.

As operações no terminal aéreo foram suspensas e, de acordo com a rede britânica BBC, mais de 100 voos foram cancelados em três aeroportos no Estado. Não houve feridos.

Todas as entradas da capital de Sinaloa e outras cidades foram bloqueadas. O reverendo Esteban Robles, porta-voz da diocese católica romana de Culiacán, relatou uma atmosfera de incerteza e tensão entre os moradores, que estão presos em suas casas. “Muitas ruas ainda estão bloqueadas pelos carros que foram queimados”, disse Robles.

O governo municipal de Culiacan alertou: “Não saia de casa! A segurança dos cidadãos de Culiacan é o mais importante.” Escolas, governo local e muitas empresas privadas fecharam suas portas. As autoridades suspenderam as aulas em instituições educacionais, um jogo da liga de futebol profissional e um jogo de beisebol.

Oscar Loza, ativista de direitos humanos em Culiacan, descreveu a situação como tensa, com alguns saques em lojas. No lado sul da cidade, onde mora Loza, as pessoas relataram comboios de homens armados se movendo em direção a uma base militar. Ao menos 19 pontos da cidade foram bloqueados por homens armados. Também foram registrados incidentes em uma penitenciária onde estão vários narcotraficantes estão presos.

Ovidio Guzmán no momento de sua prisão em Culiacán. Ele é filho do megatraficante Joaquín El Chapo Guzmán  

Cerco ao narcotráfico

Ovidio já havia sido detido em 17 de outubro de 2019 em Culiacán, mas foi libertado por ordem do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, em meio ao caos provocado pela organização criminosa após sua captura. Na época, López Obrador defendeu a decisão, afirmando que um banho de sangue tinha sido evitado, pois contingentes militares estavam cercados por civis com armas de grosso calibre.

Esta é a prisão mais importante de um traficante mexicano desde que Rafael Caro Quintero (o “Narco dos Narcos”), que liderou o extinto cartel de Guadalajara e é reivindicado pelos Estados Unidos, foi preso em 15 de julho.

 violência em Culiacán ocorreu paralelamente às operações em Ciudad de Juárez (norte, fronteira com os Estados Unidos), nas quais foi morto Ernesto Piñón, vulgo “El Neto”, que escapou junto com outros 24 prisioneiros de uma prisão naquela cidade no domingo passado.

Durante o assalto à prisão para resgatar Piñón e as operações destinadas a recapturar os fugitivos, pelo menos 26 pessoas morreram: 10 guardas prisionais, sete prisioneiros, dois policiais e sete supostos atiradores. “El Neto” liderou uma gangue associada a um cartel de drogas./ AP, EFE e AFP

* Fonte: ESTADÃO

Relatório do Exército levado a Lula mostra grande desmobilização de acampamentos bolsonaristas

O ministro José Múcio (Defesa), ao fundo, ao lado de Fernando Haddad (Fazenda), durante a primeira reunião ministerial de Lula FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO 

Na primeira reunião ministerial do novo governo, nesta sexta-feira, 6, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um relatório que mostra grande desmobilização dos acampamentos bolsonaristas no entorno de quartéis do Exército. O número de pessoas aglomeradas na porta das unidades militares caiu de 43 mil para cerca de 5 mil. Os dados atualizados foram apresentados a Lula pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. 

A redução de 38 mil pessoas se deu num intervalo de praticamente um mês. As 43 mil foram contabilizadas na primeira semana de dezembro, e as 5 mil, nesta quinta-feira, dia 5. Os acampamentos registram hoje, em todo o País, somente 12% do tamanho que tinham no mês passado.

O ministro da Defesa recebe diariamente um boletim sobre o monitoramento de inteligência do Exército. Os levantamentos mais recentes indicam uma concentração maior em São Paulo, com 500 pessoas. Em Brasília, ainda há cerca de 200 na área em frente no Quartel-General do Exército. Também existe um foco no Mato Grosso do Sul, região com forte influência econômica de produtores rurais e do agronegócio.

Na última segunda-feira, dia 2, Múcio disse ao tomar posse no cargo que tem parentes e amigos envolvidos nas manifestações, mas acredita que elas irão se “esvair”. O desincentivo teria sido, no entendimento do ministro, a saída do Brasil do ex-presidente Jair Bolsonaro e o pedido do ex-vice-presidente Hamilton Mourão para que os “patriotas” voltassem a seus lares.

Às vésperas da posse de Lula, a queda na mobilização ficou perceptível, mas os dados não eram conhecidos até então. Apesar da perda de fôlego, algumas caravanas e mobilizações de direita tentaram dar uma sobrevida aos acampamentos. Com viés antidemocrático, eles clamavam por uma intervenção das Forças Armadas, contra a eleição de Lula.

Múcio também relatou que equipamentos dos bolsonaristas são recolhidos diariamente dos acampamentos e que a desmobilização ocorre praticamente sem perturbações da ordem. Nesta sexta, porém, extremistas agrediram jornalistas e depois barracas foram retiradas à revelia dos grupos insatisfeitos por agentes da prefeitura de Belo Horizonte (MG).

Uma equipe do jornal O TEMPO foi agredida nesta sexta-feira (6) por manifestantes extremistas que eram retirados das proximidades de unidade do Exército em Belo Horizonte - FOTO REPRODUÇÃO DE VÍDEO 

Segundo ministros, Lula não comentou o relato de José Múcio, mas certamente gostou dos dados. Como o Estadão revelou, uma das prioridades do presidente, confidenciada a parlamentares, era encerrar o quanto antes os acampamentos, que considera um desrespeito às próprias Forças Armadas. O principal clamor era por um golpe de Estado.

Como fazer, porém, era uma das divergências explícitas na equipe ministerial. As diferenças entre ministros foram abordadas por Lula na reunião desta sexta. Múcio sempre defendeu que a saída fosse negociada. Ministros políticos do Palácio do Planalto e o titular da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, cobravam que era hora de ação contundente, à força, após os atos de destruição na capital federal e a tentativa de um atentado a bomba, cujo objetivo era provocar uma intervenção militar e impedir a posse de Lula.

Ciente do embate interno no governo, o ministro tem dito a interlocutores que as Forças Armadas, sob sua direção, saíram das manchetes diárias na imprensa.

* Fonte: ESTADÃO

Acabou a mamata: golpistas desmontam acampamento em frente ao QG do Exército de Natal

 

Após dois meses, os manifestantes bolsonaristas que ocupavam a calçada do 16º Batalhão de Infantaria Motorizado (16 RI), na avenida Hermes da Fonseca, em Natal, desfizeram a estrutura do acampamento neste domingo (1º), no dia da posse de Lula (PT) como presidente, mas prometeram voltar em turno reduzido, das 17h às 23h.

Uma imagem registrada por um motorista que passava pelo local no domingo mostra diversas cadeiras e cones sobre a caminhonete de um carro. As tendas para servir comida e bebida também já estavam desmontadas, sem a presença dos golpistas.

Ainda que a estrutura esteja desmontada, poucas pessoas insistem em se manter no local. Em um vídeo gravado pelos golpistas à noite e creditado como sendo deste domingo, um homem diz que os manifestantes permanecerão na calçada do Batalhão, mas somente das 17h às 23h. 

Nesta segunda (2), extremistas vestidos com o uniforme verde e amarelo da Seleção Brasileira de fato retornaram para o Batalhão mas em número reduzido, com menos de 20 pessoas e poucas bandeiras, segundo outro motorista que passou pela avenida. 

Histórico

Os manifestantes tomaram a calçada e ruas adjacentes da Hermes da Fonseca desde 1 de novembro, um dia após a vitória de Lula (PT) como presidente. O petista tomou posse neste domingo (1º). Os golpistas contrários ao resultado das urnas pedem uma intervenção militar, bandeira inconstitucional. 

Ao longo dos dois meses que permaneceram com a estrutura no local, o acampamento gerou a presença de comércio ilegal de ambulantes, perturbação do sossego alheio/poluição sonora, além da interrupção do fluxo normal de trânsito em determinados momentos do dia, de acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Norte. 

Em mais de uma vez, o MP pediu que a Prefeitura de Natal, através de suas secretarias e da Guarda Municipal, desfizesse a movimentação, o que nunca ocorreu.

Nesta segunda, a Agência SAIBA MAIS buscou a Prefeitura de Natal e a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), responsáveis pelo acompanhamento da segurança no entorno do acampamento, para saber o que foi feito durante o período de presença massiva dos golpistas. Os órgãos não responderam até o fechamento desta matéria.

* Fonte: AGÊNCIA SAIBA MAIS